Foto de destaque: bandeira polonesa
A cimeira da UE deve enviar uma mensagem dupla ao governo polaco
Com o seu rumo nacionalista, o governo polaco está a pôr em causa todas as vantagens da sua participação no mercado interno, no espaço Schengen e, em última análise, na UE.
Ao fazê-lo, prejudica a UE como comunidade de leis e valores e o seu próprio país. Precisamente por causa das tentativas de Putin de dividir a política energética e as atividades de contrabando de Lukashenko, a Polônia tem um grande interesse em uma UE forte.
Uma dupla mensagem deve, portanto, vir da cimeira da UE: por um lado, o apoio total à Polónia no conflito com Lukashenko e na protecção das fronteiras externas da UE, mas, por outro, a exigência clara de restabelecimento da independência judicial.
A chanceler Merkel não deve encerrar sua última cúpula da UE chutando os calcanhares quando os valores comuns da UE estão sendo atacados.
Em vez disso, deve seguir a sugestão do primeiro-ministro holandês Rutte de que a Polônia congele imediatamente os fundos da UE se Varsóvia continuar seu curso agressivo.